Com a pandemia, população se esqueceu da dengue. Mas ela está aí e com força

No Estado de São Paulo, o pico da dengue é em abril, mas em janeiro já foram registrados casos.
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A Covid mobilizou os esforços das três esferas de governo – federal, estadual e municipal – para o combate ao vírus. Mas com isso, o combate à dengue ficou em segundo plano e, agora, a União e Estados já sentem o avanço simultâneo da dengue.

O Ministério da Saúde lançou, no final de 2021, a campanha “Combata o mosquito todo dia” e alertou a população para o risco de confusão entre os diagnósticos.

De acordo com o Ministério, a dengue tem como sintomas principais febre alta (maior que 38,5 graus), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo – ao apresentar qualquer desses sintomas, o Ministério recomenda que se procure um serviço de saúde para diagnosticar. O diagnóstico é clínico e feito por um médico, exigindo exames laboratoriais.

Os sintomas de covid são febre, tosse seca, cansaço, dores, desconforto, dor de garganta, diarreia, conjuntivite, dor de cabeça, perda do paladar e olfato e erupção cutânea.

No Estado de São Paulo, o pico da dengue é em abril mas apenas em janeiro foram registrados 2.028 casos e umóbito, além de cinco caso de chikungunya. No ano passado, a Secretaria de Saúde de São Paulo elaborou um protocolo com diretrizes parla suspeita clínica, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos de dengue.

O grande receio das cidades é o possível impacto da dengue nos hospitais e postos de saúde, hoje lotados com pacientes de covid e da gripe (influenza). E o medo se justifica, porque a antecipação das chuvas traz o aumento dos focos de proliferação do mosquito da dengue.

Na região de Andradina (11 municípios), 10 estão com índice de manifestação de dengue entre os maiores do Brasil, tendo registrado 6.600 casos em 2021, numa incidência seis vezes acima da média estadual. Outras cidades também estão reforçando ações contra a dengue: São José do Rio Preto, Tatuí e Campinas. Na região, o crescimento foi de 187% de casos entre 2020 e 2021, pulando de 7.252 casos para 20.803 casos, a maior incidência no interior do Estado.

A melhor forma de prevenir a doença é evitar a proliferação do mosquito, com eliminação de criadouros de água parada, acúmulo de lixo, água empoçada, água retida em plantas e folhagens, poças de água em  vasos ornamentais e objetos e a limpeza periódica de piscinas e caixas d´água.