CRIME AMBIENTAL: FAZENDEIRO MATA ONÇA PINTADA NO PANTANAL E SE EXIBE

Fazendeiro mata onça-pintada a tiros, na região de Poconé, no Pantanal do MT, e se exibe em vídeo. 
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Logo que a Polícia de Poconé tomou conhecimento do crime e identificou seu autor, foi aberto inquérito e iniciadas as buscas. A polícia Vistoriou a propriedade do fazendeiro, mas não o encontrou. Conhecidos disseram que não o veem desde a tarde de sexta-feira, quando ele soube do mandato de prisão. Portanto, o fazendeiro está foragido. Ele responderá por quatro crimes: matar animal silvestre, portar em depósito materiais de caça, porte e posse de arma de fogo. Quem souber de seu paradeiro, pode denunciá-lo de forma anônima pelos telefones (65) 9971-1770 (delegacia) e (65) 99619-2442 (Polícia Ambiental).

Desde ontem à noite, 31/3. um vídeo repugnante circula pelas redes sociais: um homem deitado num chão de terra e abraçado a uma onça-pintada regozija-se de tê-la matado a tiros. Além de dizer grosserias que revelam grande desumanidade e crença na impunidade, ele faz piadas machistas. Nojento.

De acordo com informações divulgadas pelo Instituto SOS Pantanal em seu Instagram, o crime ocorreu na região de Poconé, no Pantanal Norte, Mato Grosso.

“O criminoso já foi identificado e as informações já estão nas mãos de órgãos competentes como a Polícia Militar Ambiental, Ibama e Polícia Federal”, completa a organização que pede, a seus seguidores, que compartilhem o vídeo e as informações.

“Precisamos dar notoriedade para que, cada vez mais, assassinos como este entendam que o mundo de hoje NÃO tem espaço para esse tipo de barbárie!”.

O Instituto Homem Pantaneiro também se pronunciou no Instagram e chamou a atenção para o fato de que “existem alternativas para diminuir o ataque a rebanhos”.

Sim, não são todos os fazendeiros da região que agem como este. Há muitos que se aliaram a organizações ambientalistas e são comprometidos com a conservação da biodiversidade e a proteção das onças-pintadas e de outros animais selvagens porque entenderam sua importância para a vida humana e para seus negócios também.

E a organização continuou: “Só não existe alternativa para quem pratica crimes como esse. Não podemos ser indiferentes. Não vamos nos calar!”.

Já divulgamos algumas histórias de crimes hediondos como este, aqui no site, e que, infelizmente, se espalham pelas redes sociais. É sabido que existem grupos de caçadores no Facebook, por exemplo, que se exibem com suas presas, como este fazendeiro fez. Alguns são contratados por fazendeiros inescrupulosos e ignorantes.

Da Conexão Planeta – Mônica Nunes