NASCEM TRÊS ARARINHAS-AZUIS EM CURAÇÁ

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Evento é comemorado porque os recém-nascidos são filhotes de um casal de aves que nasceu em cativeiro, mas foi solto pelo projeto Refúgio da Vida Silvestre, na Bahia

Boas notícias chegam da Caatinga baiana.

Nasceram três ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) no Refúgio de Vida Silvestre, em Curaçá, na Bahia, onde está sendo feito o programa de reintrodução da espécie. Os recém-nascidos são filhotes de um casal de aves que nasceu em cativeiro, mas foi solto pelo projeto.

A notícia foi compartilhada pela Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), um criadouro de aves da Alemanha, parceiro do governo brasileiro no projeto de reprodução em cativeiro e soltura, e confirmada pela assessoria de imprensa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

No vídeo, que você assiste ao final deste texto, aparecem os filhotinhos dentro do ninho e fora dele os pais vigilantes.

Assista ao vídeo clicando em (20+) Vídeo | Facebook

No final do ano passado, tinham nascido dois outros filhotes, em vida livre, conforme contamos nesta outra reportagem, entretanto, segundo a equipe do instituto, eles não sobreviveram.

Ainda segundo o ICMBio, em nota enviada por e-mail ao Conexão Planeta, “Atualmente existem 40 ararinhas-azuis no criadouro em Curaçá. O programa de reintrodução está em andamento e, até o momento, foram reintroduzidas 20 ararinhas-azuis, sendo que metade delas está na natureza”.

Espécie endêmica do Brasil, ou seja, ela só existe (ou melhor, existia) em nosso país e em nenhum outro lugar do mundo, a ararinha-azul foi vítima do tráfico ilegal e a cobiça de grandes colecionadores europeus. Fascinados pelo sua beleza e azul vibrante, eles não economizaram esforços (e muito dinheiro) para poder ter um exemplar da famosa arara brasileira.

Com isso, a ararinha-azul acabou sendo extinta no país. O último indivíduo voando livre, na natureza, foi observado por volta do ano 2000.

Em 2020, graças a um acordo de cooperação entre a ACTP e o governo brasileiro, 52 indivíduos, nascidos em Berlim, foram trazidos para Curaçá. Infelizmente, o retorno tão esperado foi envolto em denúncias e falta de transparência. E no ano passado, ararinhas foram enviadas da Alemanha para um zoológico na Índia, sem o conhecimento ou aval do Ibama e do ICMBio.

(Com conteúdo de conexaoplaneta.com.br – 23.04.2024 – Suzana Camargo -Foto: reprodução vídeo ACTP 0 S)