AIDS: 630 MIL PESSOAS MORRERAM DE DOENÇAS RELACIONADAS À SÍNDROME EM 2022 

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No mês de combate à AIDS, infectologista alerta para a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento da síndrome


DEZEMBRO VERMELHO  marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), e acende um importante alerta para a prevenção, diagnóstico e tratamento da síndrome, que já infectou, desde 1981, quando os primeiros casos foram conhecidos, 85,6 milhões pessoas no mundo, sendo que 40,4 milhões morreram, de acordo com a Unaids. 

A entidade apresentou os dados de 2022, que mostraram que 39 milhões de pessoas vivem com o vírus globalmente, sendo que 1,3 milhão foram recém-infectadas. 

Outra informação importante apresentada é que 630 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS no ano passado.   

O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, destaca que a pandemia de AIDS ainda existe e a síndrome pode evoluir para uma situação grave, se não diagnosticada nem tratada precocemente. “O uso do preservativo nas relações sexuais (orais, anais e vaginais) e o não compartilhamento de seringas e agulhas continuam sendo as formas eficazes de prevenção”, afirma. 

O especialista pontua ainda a importância de fazer testes em casos de sexo desprotegido ou de qualquer outro comportamento de risco.

 Os exames podem ser realizados nas redes públicas e privadas. “Manter a segurança e a prevenção nas relações sexuais é fundamental, uma vez que esta é uma das principais formas de transmissão do vírus. Por isso, em uma situação de sexo sem proteção, o recomendado é que o indivíduo busque um posto de saúde ou um laboratório para fazer o teste”, informa o médico, esclarecendo que o exame deve ser realizado 28 dias após o ato sexual desprotegido. 

“Após contrair o vírus, a pessoa tem o que se chama ‘janela imunológica’, em que não há como detectar o vírus pelos métodos diagnósticos convencionais. Isto se chama período de incubação, que pode durar, em média, quatro semanas”, pontua. 

O infectologista salienta que, uma vez diagnosticado o HIV/AIDS, a pessoa deve procurar um centro de referência ou especialista para avaliar o tratamento antirretroviral adequado, com os medicamentos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“Uma vez sendo diagnosticada e tratada, a PVHA (Pessoa Vivendo com HIV/Aids) que se fizer o tratamento de forma regular terá uma vida longa como qualquer outro indivíduo. Isso porque, cada vez mais, temos novas medicações com mais eficácia, menos eventos adversos e posologia e com melhor qualidade de vida”, informa. 

 

DIFERENÇA ENTRE HIV E AIDS 

Bastos informa que o HIV e a AIDS não são iguais: o primeiro é o vírus responsável por contagiar o organismo, podendo o indivíduo viver com ele de forma assintomática, sem apresentar sintomas. 

Já a AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que ocorre quando o corpo desenvolve sequelas/ doenças após a contaminação sem tratamento. “É importante destacar que, em ambas as situações, existe o risco de contaminação para outras pessoas, como durante as relações sexuais sem proteção”, pontua.  

O médico informa que quando o vírus entra em contato com o organismo pode causar danos no sistema imunológico, causando sintomas. “Dentre eles estão a perda de peso, diarreia crônica e monilíase oral e esofágica, que já podem indicar o quadro de AIDS. Neste momento, a pessoa apresenta baixas defesas do organismo, abrindo as portas para infecções virais, bacterianas, fúngicas e/ou parasitárias”, esclarece. 

(Da redação, com conteúdo e foto fornecidos pelo Grupo Sabin.Foto: Kontekbrothers)